fala pessoal tudo bem O meu nome é Genilson eu
sou assessor de investimentos da conta Black e membro do comitê SD da genal investimentos Esse é
o geniol um programa onde falamos sobre inclusão e diversidade no mercado de trabalho e nessa
temporada como co-host temos Sérgio al fundador da conta Black Olá olá tudo bem Jilson prazer estar
contigo mais uma vez e vamos embora que agora só vai ter pedrada e nesse Episódio de hoje temos uma
grande convidada Ana fontes fundadora do Rei de mulher em
preendedora Tudo bem Ana Nossa Que honra
tá aqui hoje eu vou me chamar de Ana All Sérgio ol geniol adorei mas Ana pra gente é um prazer
incrível ter você aqui até posso falar que os dois bancos né tanto a conta Black como a genal
investimento a gente queria muito trazer você e ter esse momento de conversa de bate-papo até
trazendo um spoiler né para quem não conhece muito a história você impactou não só as vidas das
pessoas ali que você ajuda no Instituto mas também pessoas do alto Escalão
do mercado financeiro
olha tem ali uma audiência um poder aqui muito bacana e trazendo mais para esse ponto né como
essas pessoas já te conhecem agora a gente quer fazer com que mais pessoas te conheçam então por
favor nos diga quem é Ana Fontes Olha que pergunta difícil bom eu sou uma empreendedora social
Mas trabalhei também no universo corporativo durante boa parte da minha vida né eu trabalhei
em grandes empresas fui executiva durante todo esse processo né de organização desse ambiente
corporativo em 2007 eu pedi demissão dessa grande empresa que eu trabalhei quase 18 anos
e me joguei né no mundo empreendedor foi o meu primeira minha primeira incursão nesse ambiente
empreendedor eh deu tudo muito errado é bacana a gente falar sobre isso as pessoas só gostam de
falar do que deu certo mas deu tudo muito errado nesse começo eu tive sociedade por amizade enfim
dá para fazer só um programa só sobre o que deu errado tá tudo e é tudo bem falar sobre isso mas
durante esse primei
ro negócio eu fui selecionada para participar de um programa na época que era
um programa social eu não tinha dinheiro para pagar que capacitava mulheres que eram Donas
de pequenos negócios na FGV eram um curso de TRS meses dois dias inteiros por semana era sexta
e sábado o dia inteiro onde você aprendia sobre gestão sobre organização financeira e tudo mais e
eu fui uma das selecionadas e na primeira semana de aula os coordenadores do curso falaram olha
vocês são as 35 privilegiadas que for
am aprovadas para esse programa e eu lembro que aquilo me
deu uma assim me deu um sentimento bom que eu fui escolhida mas aí ele falou Olha nós tivemos
mais de 1000 inscrições de mulheres tentando participar desse programa e aquilo me deu um certo
incômodo na segunda semana eu fui conversar com esses coordenadores e eu falei não dá pra gente
ajudar as mulheres que não passaram de alguma forma eles falaram a gente não tem recurso a
gente tem recurso paraas 35 E aí eu tive a ideia de começar
a escrever o que eu aprendia lá na sala
para ajudar essas outras mulheres e pedir na época para eles mandarem pras 1000 que tavam tinham
feito inscrição e eles toparam e aí eu chamei esse blog que tinha um símbolo Laranjinha nem
lembro o que era ferramenta faz muito tempo gente faz quase 15 anos e aí eu comecei a escrever
o que eu aprendia na sala de aula o blog se chamava rede mulher empreendedora e eu só que eu
traduzia o que os professores falavam a linguagem mais sofisticada Eu traduzia
numa linguagem mais
simples que era o dia a dia que eu passava nos negócios e para minha surpresa eu fui tocando
o curso fui escrevendo blog eu escrevi à noite de final de semana eu tinha esse primeiro negócio
que era uma plataforma de recomendações positivas e tinha um espaço de Coworking que a gente não
gosta de ter poucos negócios ao mesmo tempo né mulher quer ter vários E aí para minha surpresa Eu
terminei o programa E aí seis meses depois que eu terminei o programa eu fui olhar lá na
ferramenta
do blog que tinha um negócio chamava acho que era rss na ferramenta e tinham 100.000 pessoas me
acompanhando naquele blog falei gente como é que como que aconteceu isso né de 1000 para 100.000 E
aí as mulheres que recebiam as minhas informações passaram para outras mulheres que passaram para
outras mulheres e aí eu me vi ali muito feliz com aquele negócio que não era um negócio né eu fazia
a noite de final de semana e aí me deu a ideia de transformar aquele blog num negócio socia
l que
era um conceito novo na época também ninguém falava sobre negócio social sobre rede e aí eu fui
estudar aquilo e Resumindo uma história longa numa história curta o que que eu fiz eu o elogi aqui
que era a plataforma positiva Eu vendi para uma outra empresa o Coworking uns 4ou 5 anos depois eu
fechei a operação e me dediquei exclusivamente à rede mulher empreendedora para transformar num
negócio de lá para cá se passaram 15 anos né a gente vai entrar esse ano vamos completar 15
anos e
a gente tem 1 milhão e meio de mulheres conectadas diariamente na rede né em todos os
nossos canais a gente já impactou a vida de mais de 10 milhões de mulheres e nós trabalhamos com
educação mentoria conexão e acesso a financeiro PR as mulheres então assim dando uma mega resumida
é isso uma mega resumida exatamente por isso que eu falei que hoje é pedrada porque sou seu fã
Ai meu Deus e não S eu todo time da conta Black a gente tem acompanhado a sua trajetória durante
muito tempo e um dos
pontos que você citou aqui empreender às vezes É uma opção mas a pergunta
que me vem à mente é quando você resolveu sair do do mundo corporativo já estava na sua mente
empreender ou ou empreender veio a força foi a force porque eu não sabia direito eu só sabia
que eu não queria mais ficar naquele ambiente corporativo Imagina assim eu sou uma mulher de
origem Negra nordestina eu na época morava na periferia de Diadema e as pessoas falavam muito
mal né então eu tinha todas as combinações que
no ambiente corporativo que eu vivia era um ambiente
bastante tóxico né então eu pedi demissão não porque eu não gostava do trabalho eu pedi demissão
porque eu não conseguia mais Me enxergar Ali era uma luta diária né contra um sistema um modelo
que eu achava que conseguia vencer mas depois eu fui percebendo que não conseguia vencer então
assim eu saí quando eu pedi demissão eu queria viver outras coisas eu queria viver eh pensar
em outros modelos eu queria enxergar o que era o mundo além
do ambiente corporativo mas eu era
muito inocente eu tinha conta para pagar boleto para pagar filhas para sustentar eu tenho duas
filhas e era muito complexo E aí eu não queria muito me jogar no ambiente empreendedora eu queria
pensar o que eu ia fazer só que aí as coisas foram acontecendo né ah vamos abrir um negócio Vamos
abrir um negócio sem experiência nenhuma sem e eh conhecimento nenhum sem sem entendimento
dento do que seria um negócio na época eu me joguei nesse universo mas de verd
ade foi muito
duro porque na época isso a 15 16 anos atrás não tinha ninguém para te orientar eu ia nos nos
eventos de empreendedores e eu não me enxergava só tinham homens brancos nos eventos e assim eu
tinha vergonha Às vezes eu não sabia direito que que eu falava como que eu falava tive inúmeras
situações de discriminação por ser mulher tudo mais então então assim não foi um processo fácil
eu fui na verdade empurrada para esse ambiente como boa parte das mulheres era assim depois eu
fui
aprendendo a Navegar né e não é glamourizado como as pessoas mostram Gente assim é muito ruim
o jeito que as pessoas mostram o empreendedorismo não é glamourizado é cheio de perrengue muitas
vezes eu fui dormir e falei Amanhã eu fecho amanhã não tenho dinheiro para pagar as contas
e fiz várias coisas para sobreviver porque não tinha outros caminhos sabe muitoo e eu acho que é
importante a gente falar sobre essa dureza também a gente sabe que empreender não é sorte não é um
caminho fácil de
se trilhar a gente tem que errar para aprender Sim sim e quanto mais eu acho que
quanto mais eu chamo de marcadores sociais né Eu acho que fica mais difícil né para você empreender
para um homem branco empreender não é que é fácil é difícil também mas imagina se ele é um homem
branco de classe média privilegiado ele vai ter uma situação se ele é uma mulher negra que veio
da Periferia que não tem não é herdeira não tem nenhum colchão financeiro porque a maioria não tem
colchão financeiro nã
o tem estrutura e se joga é muito mais difícil empreender então eu falo que
quanto mais quanto mais marcadores sociais você tiver mais difícil vai ser surj nada não é que
deveria ser assim é é assim porque nós vivemos nessa realidade e a gente Precisava mudar eu não
queria que as mulheres que eu atendo lá na rede passassem pelo que elas passam porque é muito
duro é muito difícil porque além da jornada de empreender que já é dura você ainda tem a jornada
dos filhos da família de todos os pro
cessos que a gente vive sociais de discriminação e de de
julgamentos né então adiciona tudo isso fica uma jornada pesada como você disse é uma
pedrada E aí eh legal essa história você deu uma breve resumida Mas já dá para sentir o
quão emocionante foi e gratificante também mas vamos lá era um blog até o momento despretencioso
queria passar informação para outras pessoas para Realmente você já entendeu uma dor que existia
que você tinha essa dor sim e tentou ajudar a resolver essa dor isso i
sso é o o o mais o mais
bruto do empreendedorismo ali né resolver uma dor incomum e como é que esse blog pô virou um negócio
Qual foi o próximo passo pô tô escrevendo aqui a galera tá tá lendo aqui meu blog como é que eu
vou colocar aqui para impactar mais como é que foi essa transição e até se tornar ali a rede mesmo
o Instituto Boa pergunta jenilson porque assim no começo era tiro o porrada e bomba não tinha modelo
de negócio Claro na época blogs não se monetizam e eu olhava pro modelo de
negócios sociais e não
conseguia Enxergar como é que a gente ia fazer para monetizar e as coisas foram acontecendo
de uma forma muito orgânica não tô falando que acontece assim com todo mundo e eu lembro quando
o blog tinha 300.000 pessoas acompanhando quando a rede tinha 300.000 pessoas acompanhando isso
nós tínhamos Acho que uns 3 anos e a não tinha conta a conta não fechava a minha formação Inicial
é marketing e comunicação o que que eu fazia para poder sobreviver eu vendia consultoria
para outros
pequenos empreendedores para poder sobreviver para pagar as contas porque a rede não dava dinheiro
não tinha modelo de negócios definido Eu lembro que uma das coisas que eu fiz e eu gosto de falar
sobre isso não é para mostrar perrengue mas para falar o quanto é difíc esses esses primeiros anos
são muito difíceis Eu lembro que eu tinha escola das minhas filhas eu não tinha como pagar escola
eu tava devendo acho que seis meses da mensalidade das duas E aí um dia eu eh Fui tentar
saber
quem era a dona das da rede de escolas onde ela estudava descobri Marquei uma audiência com
essa Dona e cheguei lá com uma proposta para ela eu falei olha o seu site é ruim suas redes sociais
são ruins você tá se posicionando mal a sua marca tá muito ruim tá muito antiga e eu tenho uma
solução para tudo isso para melhorar todo o seu posicionamento de marca paraa sua escola levei uma
proposta um projeto eu falei para ela isso não vai te custar nada a mulher olhou assim para mim do
tip
o que que é isso né pegadinha coisa aí eu falei para ela eu vou dar consultoria para você uma vez
por mês durante 24 meses em troca da mensalidade das minhas filhas e eu fiz isso durante 24 meses
eu dei consultoria de marketing pra escola das minhas filhas em troca das mensalidades então
assim no começo tudo isso para dizer assim no começo não foi nada fácil não tinha modelo de
negócio definido não conseguia fazer publicidade porque não tinha ainda relevância suficiente para
publicidade eu
todo mundo falava para mim cobra das empreendedoras cobra das mulheres se você
cobrar R 1 R 10 você tem 300.000 elas vão te pagar e eu tinha no meu coração aí é uma coisa muito
de de percepção né que eu não queria que fosse um impeditivo não ter dinheiro para pagar at ter
acesso à informação e eu nunca quis e at até hoje a rede é assim eu não queria cobrar das mulheres
eu queria ter algum outro modelo de negócio fiquei batendo na tecla fui muito criticada por vários
especialistas na época f
alaram você tem que cobrar delas você tem que cobrar delas nunca cobrei não
cobro até hoje e aí que que eu pensei eu falei eu acho que eu tenho que cobrar das empresas que
queiram informação ou que queiram falar com essas mulheres só que eu não sabia direito como é que
eu chegava E aí teve uma primeira empresa que nos procurou para uma entidade que é o sebrai não tem
problema nenhum falar sobre eles que nos procurou oferecendo ajuda Eles Não ofereceram dinheiro ele
falou te dou espaço para
você fazer os eventos eu te dou toda a infraestrutura e foi assim e
é assim até hoje eles nos apoiam até hoje E aí veio a primeira grande empresa falar olha
eu achei vocês no Google falei gente o que é isso orgânico tudo e e eles falaram assim nós
estamos construindo um programa para mulheres e a gente queria contratar a sua consultoria foi
meu primeiro cliente não vou falar quem é porque E aí eles falaram assim olha faz um orçamento
uma proposta de uma consultoria para criar um programa PR
as mulheres que são Nossas clientes
fiz o orçamento mandei a diretora dessa empresa é minha amiga hoje S Aí eu mandei dois dias depois
ela me respondeu proposta aprovada E aí eu não dormi porque eu falei eu fiz o orçamento errado
cobrei pouco porque ela aprovou muito rápido s objeção sempr p Poxa podia ter conseguido mais ela
podia ter pedido desconto nem nada mas enfim ela provou a posta comecei a fazer E aí na semana
seguinte aconteceu um negócio muito engraçado pra gente que é empreende
dor ela falou ah nossa
área técnica vai falar com você para pedir pra aprovação do contrato com o seu jurídico e pedir
pro seu financeiro aprovar a parte financeira o pagamento tudo mais eu não tinha nem jurídico
nem financeiro J eu kip eu falei o que que eu vou fazer aí eu tive uma brilhante ideia eu criei meio
genérico financeiro e jurídico que vinham para mim Fiz muito isso aquiar sistemas que a nossa querida
Fernanda Ribeiro fala aquiar o sistema Fernanda maravilhosa é sobre isso R é os
sistemas eu criei
e-mail jurídico aí eles mandaram um contrato de 50 páginas que eu aprovei aprovado aprovado meu
jurídico aprovou e o financeiro também aprovei porque vinha pro financeiro que era eu mesmo então
assim foi foi aprendendo mas esse primeiro cliente gente fez a diferença porque ali eu pude entender
aí Óbvio coloquei o logo deles no começo no site divulguei na época né para poder atrair outros
clientes e foi esse o nosso primeiro de modelo de negócio é o nosso principal até hoj
e são
grandes empresas Fundações e organizações que aportam dinheiro pra gente ou através de doação
ou através da criação de projetos para que a gente consiga ajudar as mulheres eu brinco não sei nem
se essa se essa metáfora é muito boa que a gente é meio robinwood sabe que a gente tira né dos
grandes das grandes empresas para oferecer paraas pequenas empreendedoras porque eu acho que para
elas é importante e aí a gente com isso com esse recurso a gente dá educação a gente dá mentoria
a ge
nte conecta porque para as mulheres é muito importante e a gente dá recurso financeiro a
gente há 4 anos a gente dá recurso financeiro através de micr doações que variam de R 1000 a
r$ 1.000 é como se fosse um capital semente que a gente dá a fundo perdido e a gente já repassou
através de microd doações mais de R 40 milhões de reais nossa é uma loucura nossa que maravilha
as pessoas perguntam isso pra gente como é que vocês fazem isso a gente faz uma microd doação
a gente dá um cartão essa
mulher lá um cartão de benefício e oferece para ela essa microd doação
que ela pode usar como ela quiser a gente não obriga nem ela reportar porque a gente acredita
no que a gente tá fazendo a gente acredita na educação financeira que a gente tá dando para
elas e Através disso ela usa o cartão como ela quiser para ela comprar insumos para ela usar para
divulgar para ela criar um site o que ela quiser Entendi então é um modelo bem legal você ensina
a pessoa primeiro sim e depois pô entendi q
ue teu negócio ali precisa de uma ajuda para dar
aquela respirada que muitos negócios precisam acho que praticamente todos os pequenos negócios
precisam dessa ajuda ali desse auxílio E aí você dá o auxílio para ela realmente dá aquele fôlego
né D aquele acelero né sim não é para todas porque a gente não consegue porque imagina eu tenho 1
milhão e me que se conectam diariamente não dá pra gente oferecer o recurso para todas a gente faz
um processo seletivo então elas podem participar de todo
o processo mas pro recurso financeiro Às
vezes a gente tem projeto que começam com 30.000 mulheres sendo capacitadas depois 1000 delas
recebem mentoria e depois 100 ou 200 delas recebem recurso financeiro Essa é uma das grandes
tristezas nossas né porque selecionar é muito difícil e a maioria das mulheres são mulheres
em situação de vulnerabilidade social a gente tá em 2000 municípios nosso maior foco de atuação
é região norte e Nordeste sim ess são onde a gente trabalha mais pesadamente q
ue é onde você tem
mais dificuldades aonde você tem mais dificuldade a gente consegue ajudar mas é muito duro quando
a gente recebe Às vezes a gente faz o processo seletivo E aí você seleciona 100 200 mulheres e às
vezes tem 1000 que se inscreveram para receber o recurso Aí você fica com dor no coração a gente
estabelece os CR critérios porque o recurso é finito é limitado e a partir desses critérios
você faz a distribuição do recurso é duro mas é o que a gente tem que fazer mas ao mesmo te
mpo
Quando você vê depois a mulher porque elas adoram mandar videozinhos mandar mensagem olha o que
eu tô fazendo com dinheiro comprei semente para fazer plantação porque você tem microprodutor
rurais Olha eu comprei uma impressora e agora tô conseguindo fazer as etiquetas que eu preciso
lá pro negócio Olha eu comprei produto para fazer bolo comprei massa comprei um liquidificador
comprei uma batedeira É nesse nível que a gente trabalha lá então é muito bacana Quando você vê
que ela pega a
prendeu ela tem o acompanhamento e ela usa o dinheiro para poder melhorar a vida e
o negócio dela então pode ir não pode continuar então não pensando aqui até em ajudar então você
recebe o recurso com esse recurso você dá educação e para algumas você CONSEG conceder ali um valor
a Fundos perdidos então vou utilizar S na minha visão assim mais lógica até 1 + 1 é igual 2 se
você tiver mais doações de grandes empresas mais mulheres são impactadas sim sim como uma grande
empresa consegue chegar
até o Instituto e fala Poxa eu quero doar como que ela faz qual o passo
a passo com quem ela com quem que ela fala eles nos procuram através dos nossos canais sociais a
gente tem um e-mail que chama Aliados que é para grandes empresas Fundações e organizações Aliados
é rme onde as empresas nos acionam e assim como é que a gente faz com as grandes tem empresa
que simplesmente fala Eu quero fazer uma doação Quero doar o dinheiro pronto acabou não tem não
tem nenhum projeto envolvido ela Doa
o dinheiro é o que a gente chama de recurso não carimbado
paraa organização social Esse é o melhor recurso porque aí você consegue desenvolver projetos de
acordo com a necessidade distribuir regionalmente inclusive com a melhor forma de fazer tem as
empresas que falam assim olha eu quero trabalhar com mulheres na área de alimentação porque a
empresa é da área de alimentação quer que a gente desenvolva um projeto nos contrata pra gente
desenvolver esse projeto a gente desenvolve esse projeto
A empresa paga e no projeto a gente tem
a capacitação a mentoria e o recurso financeiro Esse é um outro modelo que as empresas trabalham a
maioria trabalha nesse modelo né nos contratam pro projeto e dentro do projeto a gente estabelece o
recurso Então esse é o modelo mais contratado e a gente tem um outro modelo que esse é é recurso a
maior parte do nosso recurso hoje vem de fora do Brasil mais de 40% dos nossos recursos são doações
internacionais que é uma Fundação uma organização fala e
u quero trabalhar com a causa das mulheres
vejo reconheço na rede mulher empreendedora e no Instituto uma organização séria que faz esse
trabalho há muito tempo Quero doar um recurso para vocês e tenho algumas diretrizes essa
Fundação tem algumas diretrizes Ah eu quero trabalhar ajudar mulheres do norte nordeste ou
quero ajudar mulheres da região norte ou eu quero ajudar mulheres de determinados segmentos Às vezes
vem alguns direcionais e essas doações a gente usa para ajudar essas mulheres
Então esse é um
outro modelo e um outro modelo que a gente tem é Patrocínio as empresas falam Ah eu vou patrocinar
um evento uma ação alguma ação de divulgação de vocês e vou contratar vocês e vou fazer esse
Patrocínio Então hoje é assim que a gente trabalha com as grandes empresas não é um processo
simples não é um processo fácil porque você tem mesmo gente nós temos eh a rede fez 14 anos esse
ano nós temos 14 anos de existência temos todas as certificações nacionais internacionais somos
signatários do pacto Global somos signatários da ONU mulheres enfim a gente eh a do anos a gente
tá no ranking das 100 melhores ONGs do Brasil o que não é fácil que é um processo demorados
para você ser aprovado então assim a gente tem todo esse lado nós temos auditoria externa né
o Instituto é auditado de 2018 mesmo assim não é um processo fácil captar recurso né a gente
tem tem uma estrutura tem uma equipe lá que faz captação de recurso e de um outro lado eu tenho
uma equipe que faz a av
aliação de impacto isso é muito importante porque através das avaliações de
impacto eu mostro pras empresas Olha esse dinheiro que você deu aqui serviu para impactar tantas
mulheres e o resultado desse projeto gerou isso olha as mulheres estão mais autoconfiantes elas
aumentaram o faturamento elas elas formalizaram mais os negócios elas geraram Mais Emprego que
esses são os indicadores a maioria dos indicadores que a gente usa e com isso eu consigo mostrar para
essas empresas que elas podem
continuar investindo porque eu tô mostrando tudo ó o dinheiro entrou
aqui mas ele tá saindo aqui gerando impacto na vida dessas mulheres a gente tem feito isso
mas mesmo assim é duro gente é o ditado né que n é visto é lembrado né a gente tem que investir
nessas comunicações para que as empresas continuem nos vendo vendo os resultados os impactos que
são gerados para que elas possam estar mais impelidas em em continuar apoiando né mas aí que
vem a grande dúvida né Eh de um tempo para cá se
falou muito muito isd uhum eh a gente já faz SD já
14 anos né 14 anos não não tinha nem esse nome e as empresas não viam muito valor sobre Impacto e
lucro né negócios que geram Impacto e lucro hoje fazer parte do pacto global e e e essa essa tese
do isg está muito em vogga você tem sentido alguma diferença ou ou as empresas Elas têm olhado
o s com com mais frequência com com como uma forma de ter um estat report interno ali olha a
gente tem apoiado projetos ou as empresas ainda vê como mar
keting não sei essa é uma pergunta
que me faço e na maioria das vezes eu tenho que perguntar para pro outro lado né como tem sentido
isso não eu acho muito bacana essa pergunta porque assim eh sempre surgem siglas novas modelos
novos né Eu acho que isso faz parte do nosso ambiente de negócios né o isd agora tá muito em
evidência todo mundo falando eu sou membro do conselho do pacto Global né isso a gente vive
o dia a dia lá falando sobre SD eu vejo eu sou otimista porque eu acho que todo em
preendedor tem
que ser otimista porque você não for otimista Não dá para ser empreendedor empreendedor pessimista
Acho bem difícil não existe ex Mas eu vejo assim tem algumas empresas que evoluíram bastante no
entendimento do que é o esg ou isd especialmente da questão social a questão social sempre foi
vista como uma coisa assim ai que legal eu tô aqui fazendo um negócio social eu tô aqui fazendo
uma doação eu tô aqui olhando pra comunidade do Entorno mas nunca atrelado ao negócio eu acho
que o ponto Agora que tá ganhando um pouco mais de consciência é que isd ou ou social do isd tem
que estar pautado na estratégia do negócio e aí eu vejo algumas empresas caminhando para isso ainda
algumas a passos lentos algumas um pouco mais mais conectadas e mais ligadas e entendendo que elas
não podem usar esse recurso olhar pro recurso do isd como sendo um recurso de comunicação
e marketing mas não vou dizer para vocês nem mentir para vocês que a gente ainda não vê até
hoje várias empr
esas ainda falando olha eu quero fazer um projeto bacana aí para as mulheres
porque eu quero fazer uma campanha no mês de março para falar desse projeto que a gente tá
fazendo agora a gente vê ainda né mas eu acho que é um processo evolutivo eu acho que a maioria
das das empresas vai olhar que não adianta não ser verdadeiro no que você tá fazendo e SD é sobre
ser verdadeiro você tem que ter materialidade você tem que olhar pros seus processos você tem
que conectar o isd com a estratégia de
negócio isso vale para tudo pra diversidade pro social
eu tava fazendo um debate outro dia porque eu vejo muitas empresas por exemplo contratando Red
de diversidade né normalmente contrata uma mulher negra e aí contrata a mulher negra para ser Red
de diversidade mas não coloca Não dá verba não dá orçamento para essa mulher não dá estrutura
para essa mulher e não coloca essa mulher na cadeira de estratégia ou seja não tá lá no grupo
que decide as informações ou que decide o destino da empres
a qual a chance de ter alguma ação alguma
mudança isso vale para SD também Sim muita gente contratando fazendo uma cadeira de SD dentro da
empresa mas não dá verba não dá estrutura não dá nada e não chega a lugar nenhum Eu ainda acho que
tem muito disso hoje ainda não dá para mentir tem muito disso hoje mas eu acho que tem empresas que
estão se descolando disso e entendendo que tanto isd ou embaixo da pauta de social de diversidade e
todas as pautas que nós temos discutido muito não dá para
para desatrelar porque à medida que você
desatrelar estratégia do negócio você tá fazendo Você tá ocupando um caminho muito esquisito
vou dar um exemplo obviamente não vou citar o nome da empresa ISO faz Acho que uns 2 TR
anos uma empresa nos procurou e falou assim eu quero fazer um projeto para as mulheres e
eu tenho R 200.000 para fazer o projeto Essa é o número é real e eu tenho 2 milhões de
reais para fazer a campanha para divulgar o projeto então então complicado né E aí a gente
falo
u olha a gente não trabalha assim a gente a gente precisa entender Qual é o recurso que você
tem pro projeto para o projeto nós trabalhamos aqui nos nossos projetos que a gente desenvolve
para as grandes empresas a gente tem uma lógica aqui o recurso tem que ser majoritariamente
para usar para as mulheres e não para divulgar o projeto Eles ficaram bem bravos com a gente
na época nós não fechamos o projeto com eles mas eles fecharam o projeto com uma outra
organização social e assim 2 3 anos
atrás ainda tem gente que tem esse raciocínio ou seja
dá 200.000 para impactar a vida das mulheres e d 2 milhões para fazer comunicação daquele projeto
que você deu 200.000 não faz muito sentido né não é uma coisa bacana mas a gente ainda vê
situações como essa ainda vê empresas ainda olhando mais pra comunicação do que efetivamente
para paraa realização ti um outro exemplo também de uma empresa que veio eh me procurar um tempo
atrás falou ah a gente quer fazer uma divulgação quer fazer um
a campanha que nós somos uma empresa
amiga das mulheres super bacana falei legal time de marketing time de comunicação dessa empresa
super bacana Aí eu falei para eles posso fazer umas perguntas para vocês pode quantas mulheres
têm cargo de liderança Qual o nível de retenção de mulheres pós licença maternidade vocês T
diferença salarial entre homens e mulheres nas M posições quantas pessoas negras ocupam cargos
de liderança na sua empresa vocês imaginam as respostas Eu imagino vocês imagin
eu imagino é
bem fácil imaginar a resposta lemb do Grilo cri cri e aí eu falei gente se vocês essas respostas
são ruins vocês TM que voltar fazer lição de casa primeiro vai fazer uma lição de casa se a sua
empresa internamente não tem respostas boas para essa para essas perguntas e tem n outras
perguntas Vocês precisam primeiro trabalhar internamente para ver o que vocês precisam fazer
para depois vocês falarem pro mercado Olha eu sou uma empresa amiga das mulheres eu sou uma empresa
que p
rezo pela diversidade então a gente ainda vê essas incoerências hoje em dia não é um processo
fácil a gente tem tentado educar Às vezes a gente na maioria das vezes a gente tenta educar da
melhor forma mas às vezes a vergonha educativa é necessária para mostrar mas eu acho que a gente
tem caminhado eu sou otimista eu acho que a gente tem caminhado as empresas têm entendido
que a estratégia do negócio tem que estar ligada à pauta de SG não adianta você colocar uma
cadeirinha ali ou colocar u
ma pessoa e achar que ah toda vez que falarem de SG Ah fala com aquela
pessoa ali que ela vai resolver não ela tem que estar na estratégia do negócio tem que estar nos
objetivos estratégicos tem que estar conectada com a estratégia de negócio senão não funciona né
Não concordo e até uma dend Ruca aqui né Pensa aqui você tem uma rede cheia de mulheres ali que
são empreendedoras elas consomem muita coisa então Deixa eu entender tem um grupo de mulheres aqui
que tem um negócio de gastronomia a
lgumas na área de serviço algumas na área de de música aqui
eu tive alguns contatos nesse nível elas vão consumir se eu vendo para essas mulheres e ajudo
elas a aumentarem a renda dela naturalmente por consequência eu aumento a minha e como eu gerei
um impacto na vida delas fica ancorado na cabeça dela a minha marca sim então parece tão Óbvio
boa parece tão e é matemática e tem uma coisa bem importante que eu falo muito paraas grandes
empresas olhar pela perspectiva do consumo pela perspect
iva Econômica nós somos 52% de mulheres
né O Brasil é composto 52% por mulheres e 56% por pessoas negras qual sentido faz as empresas
não olharem para isso como sendo a uma questão Econômica não faz sentido eu fiz um post Acho
que uns 4 anos atrás que foi um post até que viralizou e eu brincava sobre inovação nesse post
foi foi um post super bobo que eu fiz no Linkedin eu achava que era super bobo e eu falava que
empresas inovadoras não eram empresas que tinham puffs coloridos escorregador
piscina de bolinha
nem geladeira de cerveja para mim as empresas inovadoras eram as empresas mais diversas e que
tinha um ambiente mais diverso porque um ambiente mais diverso é onde tem a possibilidade
de surgir mais inovação e para você ter um ambiente diverso tem que ter de a a z do Topo
a base da sua empresa então não adianta você ter uma empresa no se level como eu já fiz palestra
o ano passado para uma empresa que no se level eram 10 homens se você pegasse o currículum
de cada um era
um copiar colar Eram todos de classe média alta que estudaram em faculdade de
primeira linha e que fizeram MBA fora e falavam inglês fluente então assim qual a chance numa
reunião dessas pessoas criarem alguma inovação pro público deles dos produtos deles que não era
o público que estava ali decidindo as coisas então inovação também tem a ver com diversidade também
tem a ver com inclusão economia tem a ver com com diversidade assim como justiça social parece muito
Óbvio pra gente mas não é
óbvio pras pessoas que você tem que conectar as três coisas uma empresa
a Inovação surge do conflito como é que você vai ter conflito se você tem as mesmas pessoas e
a mesma composição dentro da sua empresa você tem que ter pessoas diversas e eu tô falando
diversidade eu falando num aspecto mais amplo é gênero raça origem orientação sexual né Tem uma
série de questões aí envolvidas e você precisa ter essa representatividade não só porque é bacana não
só para aparecer na foto do banco de im
em mas ter essa representatividade de verdade quando você
olha os maiores especialistas em inovação você olha que eles falam assim ó toda a Inovação surge
de briga de conflito não conflito ruim mas surge de discussões Então você precisa de ter gente de
das mais diversas origens e discussões ali para você conseguir surgir o debate Mas é difícil
é difícil é difícil até adicionando eh se o conflito não gera mudança foi só gritaria foi só
gritaria não faz sentido e agora falando até de mudança
agora a gente tem que fazer um link aqui
bem legal uma menina de Diadema que se torna a capa da Forbes Ave Maria olha esse Ó você precisa
falar como foi isso aí para você foi uma loucura foi assim na eu não sabia que eu ia ser Cap isso é
bem importante gente eu não sabia né o pessoal da forbs me procurou falou a gente vai fazer edição
de novembro a gente tá trazendo várias pessoas é uma edição novembro né o mês da consciência negra
vamos falar sobre diversidade sobre mulheres Claro a gente
tá fazendo uma capa e a gente vai pegar
várias pessoas o que que na minha cabeça ficou que a capa ia ser várias iam ser várias pessoas
não ia ser eu né Óbvio fui tirar as fotos fiquei super feliz Achei super bacana a forbs tem toda
uma questão né de negócios é bem bacana eu lembro que os fotógrafos E a equipe que foi lá o diretor
de arte falou ah vai ser bem legal essa capa tudo mais mas eu não sabia como é que ela ia ser eu
soube da capa no dia que uma pessoa de manhã às 6 da manhã quando
a capa foi divulgada me mandou
pelo inbox do meu Instagram falando assim e eu fiquei louca eu falei gente o que é isso eu
tô na e a minha cara enorme capa inteira e aí aquele dia aquela semana foi uma loucura e assim
me deu tive vários sentimentos né eu eu nasci no Sertão de Alagoas Numa família de 10 filhos de
pai e mãe semianalfabetos assim morei numa casa de Taipas até aos 4 anos de idade quando meus
pais graças a Deus tiveram uma ideia que eu não consigo imaginar hoje como é que eles fi
zeram isso
resolveram sair de de Alagoas para para vir morar em São Paulo para tentar uma vida melhor porque
lá a gente passava fome né E era uma situação bastante difícil sem Romantizar desigualdade Então
quando você se olha ali na capa de uma revista super importante vem um misto de sentimentos né
Na época chorei bastante né porque eu falei gente Aquela Aninha lá que ficava catango Calango lá
que eu brinco a gente brinca na nossa família a gente fala isso catando Calango lá na capa da
Fo
rbes Então vem um monte de de sentimentos Eu nunca trabalhei e nunca fiz as coisas para estar
em capa de lugar nenhum para estar nesses lugares nunca foi essa a minha motivação a minha motivação
sempre foi fazer a diferença na vida das pessoas mas esse reconhecimento é muito importante e eu
fiquei muito feliz assim e recebi mensagens de tudo quanto é lugar do Brasil do mundo de gente
que eu conheço falando quanto aquela capa foi simbólica e recebi críticas também né do tipo
Ai como uma empr
eendedora social tá na na capa da forbs ou seja do tipo Ai como assim né e e
eu aceitei também as críticas assim como teve crítica mas você não é negro suficiente eh você
não tem o Gente vocês não tem noção você não é negro suficiente você não é juro eu ouvi disso
ouvi isso assim você tem você é uma negra de pele clara e eu tenho muita clareza que ser uma
pessoa de parda né que é o que eu sou eh de ter cabelo crespo de ter todas as os marcadores né da
da origem eu sei que eu tive outros pri
vilégios que uma pessoa retinta não tem e isso para mim tá
muito claro e eu continuo lutando por isso mas eu tive de tudo óbvio que a grande maioria foi muito
bacana mas tive também essas críticas Como assim uma ativista né na capa da Forbes Como assim uma
mulher que é não é retinta na capa da Forbes ouvi várias coisas mas eu tomei para mim o que era
mais importante era importante eu est ali foi importante paraa causa deu muita visibilidade
ao que eu faço gente que não conhecia a rede que n
ão conhecia a causa e passou a conhecer e
para mim isso é o mais importante eu receber as mensagens das mulheres que são impactadas pela
rede falarem assim fiquei tão feliz mostrei pra minha família que eu faço parte da rede que
você tá na capa então assim eu levo mais por esse lado não trabalho para isso né não trabalho
para isso mas eu acho que é bem importante pra gente conseguir fortalecer o que a gente faz
foi doido isso esse dia foi doido assim você tem um um time lapse reverso assim
de você hoje
voltando até o começou olhando para trás ass F cha caminho que eu que eu trilhei né mas também a
inveja Alia alheia ela ela ela dá Ibope pra gente né D é é porque a pessoa depois as outras pessoas
estão ouvindo você falando elas vão querer ler a matéria um queria comprar rist Tá ótimo assim quem
vê Close não vê corre gente assim as pessoas não sabem o que a gente passou para chegar até ali
ninguém sabe eu falo muito assim eh não gosto dessa coisa de Ai que tristeza a pobreza es
sa
mas é foi a minha situação eu eu eu lembro de episódios muito duros da minha infância de ter
que pedir comida pros vizinhos isso era muito triste assim e as pessoas não sabem dessa desse
dessas coisas né elas vêm hoje e criticam hoje eu tenho vários haters nas redes sociais alguns
de estimação v l e brig e falam você é ridícula defender diversidade tá tudo certo eu aprendi
a lidar com eles e vamos vamos em frente vida que segue Vamos trabalhar né o ponto aqui também
quando você ouve uma
história triste de alguém que passou fome passou dificuldade você que tá
ouvindo sente uma angústia sim e aí tem pessoas que nunca passaram por nada disso E aí quando
começam a sentir essa angústia não gostam fal pô não fala isso não acho que isso aí você tá
fazendo de vítima não é tão ruim assim a vida então é complicado isso porque assim você não
tá mentindo é a realidade e muita gente que é Alia a realidade que não fez parte disso não quer
fazer parte não quer saber que existe porque se
ela sabe que existe e ela entende que alguém tem
que fazer alguma coisa e eu sou alguém eu tenho que fazer alguma coisa Vixe mau problema vamos
envolver com isso aí não vamos fingir que não existe eu não quero fazer parte disso e tem um
outro um outro público também que é o público que gosta da jornada do Herói ou da jornada da
heroína sim né que é que gosta de criar símbolos e falar assim ó se a Ana venceu Por que que
você não vence e eu tenho muita preocupação com isso por isso que eu fa
lo que a gente não
deve Romantizar desigualdade porque as pessoas adoram Isso você vê nas redes sociais as pessoas
adoram Romantizar essa semana eu tava vendo nas redes sociais uma pessoa falando ai que legal a
menina estudou sem livro nenhum a mãe fachineira e ela conseguiu passar em medicina gente para de
ficar romantizando essas histórias ISS a menina não teve acesso não dá para falar sobre isso eu
não gostaria de ter passado pelo que eu passei eu queria ter tido condição ter só estudado
não ter trabalhado desde cedo não ter passado necessidade desde cedo esse deveria ser o normal
para todos e aí quando eu falo nas redes sociais aí os haters ficam adoram quando eu falo que não
existe meritocracia num país de desigualdade as pessoas piram né Elas enlouquecem eu falo fala
de merit na Noruega na Suécia onde as pessoas têm a mesma condição onde elas nascem T educação tem
casa para morar tem comida e tem acesso ao básico pra dignidade no Brasil a gente não tem então não
fala d
e meritocracia E aí as pessoas adoram usar essas histórias de jornada da heroína de jornada
do Herói para legitimar a meritocracia não pelo amor de Deus vamos falar de combater desigualdade
que eu acho que isso é mais importante Não e aqui mesmo eu já bati na meritocracia isso aí não
existe porque em condições iguais aí beleza vai falar com os meus haters nas redes sociais
Vou colocar você lá mas é bom porque dão mais engajamento né aparece mais pessoas mas assim a
meritocracia só existe em
condições iguais sim é a mesma coisa de gente competir numa corrida
eu vou de bicicleta você vai de carro sim não a a corrida é justa o mesmo trajeto PR os dois mas
eu tô de bicicleta sim então não existe os dois de bicicleta beleza os dois de carro carros iguais
beleza é muito do mérito de cada um saber pilotar ou não vou usar esse seu exemplo pros meus haters
tá quando eu falar de meritocracia eu vou usar eu uso vários outros mas não adianta Eles continuam
brigando eles gostam eles gosta
m eles gostam uma uma pergunta você construiu toda uma trajetória e
acertou errou quer dizer a gente mais erra do que a certo mas os erros servem para nos colocar
no caminho certo eh você já impactou milhares de de mulheres e tem hoje cadeira e posições
estratégicas que tem como objetivo gerar mais Impacto a pergunta que sempre ficou e e às vezes
a gente precisa de uma resposta para você empresas mercado corporativo Ana conhecimento tem valor
muito valor e a gente precisa aprender nós a nos
valorizar E o mercado a valorizar o conhecimento
quando uma pessoa me contrata para falar uma hora para fazer uma palestra ela não tá me contratando
aquela uma hora só ela tá contratando os 20 anos de estudo duas faculdades três pós-graduações
e inúmeros horas que eu disendo para aprender e para estudar sobre a minha temática a gente tem
um problema aqui de falar sobre conhecimento como se ele não fosse valorizado e é uma discussão
muito forte a gente precisa aprender a valorizar o conheci
mento uma pessoa que vai est lá uma hora
ela vai est lá disponibilizando não só aquela uma hora ela vai estar disponibilizando todo aquele
histórico que ela teve e todo aqueles perrengues e todo aquele conhecimento para repassar
paraas outras pessoas isso é um embate diário Sérgio porque é muito difícil especialmente
para as empresas valorizarem o conhecimento você vê empresa assim gastando 2 investindo 2
milhões num evento e não querendo pagar cachê pros palestrantes ou para pros participa
ntes
pras pessoas que vão ali doar o seu tempo ou dar o seu tempo eu tenho batido muito nessa tecla
especialmente PR as mulheres porque nós precisamos valorizar o tempo delas né Nós mulheres e aí
é um ponto importante a gente tem uma jornada muitas vezes muito maior do que os homens a gente
vive numa sociedade racista e machista Então as mulheres 80% do trabalho do cuidado no Brasil
e no mundo é feito por mulheres e esse trabalho do Cuidado que é Cuidado dos filhos da família
da casa dos i
dosos e dos doentes é um trabalho que não é remunerado Não É valorizado e não é
compartilhado então a gente precisa valorizar o restante do trabalho dessa mulher então por isso
que eu tenho batido muito na tecla valorizem o conhecimento o conhecimento é essencial se você tá
chamando alguém para poder eh falar sobre alguma coisa pague por essa pessoa para falar sobre
isso porque ela estudou ela teve tempo ela se dedicou para poder est ali à disposição naquela
uma hora então você não tem a pe
ssoa ali a uma hora você tem a pessoa 20 anos 15 anos 10 anos
de experiência Bora valorizar o conhecimento das pessoas né recado dado adorei Ana e tá indo pro
final do episódio agora agradecer muito muito mesmo a sua participação aqui e eu gostaria de que
você deixasse uma mensagem final pras pessoas por favor para aquela câmera uma câmera da Ana eu
acho que uma mensagem muito importante que eu tenho falado muito é que assim quando uma mulher
dá certo ela não investe em coisas para ela ela
não investe em melhorar a imagem dela não investe
em coisas pessoais quando uma mulher dá certo ela investe em melhorar a educação dos filhos ela
investe em melhorar o bem-estar da família ela investe em melhorar a comunidade no entorno dela
e quando ela emprega ela emprega outras mulheres criando um círculo de prosperidade eu tenho falado
sobre isso há mais de 10 anos quando você ajuda uma mulher e isso não é ser contra os homens Você
tá ajudando uma comunidade toda por isso que boa parte
dos programas sociais do Brasil e do mundo
olham paraa mulher como sendo a responsável do Programa Social e é por isso que eu tenho falado
muito e batido muito nessa tecla quando a gente ajuda a mulher a gente ajuda a sociedade como um
todo e vou fazer esse mesmo pedido Esse chamado para todos vocês que estão aqui Bora ajudar as
mulheres porque elas vão fazer a transformação que a gente precisa nesse mundo só para fechar
então última parte como uma mulher consegue chegar na rede mulher empr
eendedora muito simples
em todos os canais das redes sociais rede mulher empreendedora no nosso site que é rme.net.br você
tem lá como se cadastrar como fazer parte e você tem acesso a todo esse Universo de conteúdo tudo
gratuito curso palestra mentoria os programas as ações que a gente faz e para quem quiser ajudar
as empresas como a gente falou aqui Aliados @rm net.br e procura a gente Maravilha é isso então
você já viu como é que faz para se conectar com a rme tanto você que quer ajudar
como você que
quer participar e se desenvolver Lembrando que eu falei que é muito importante se você é uma
grande empresa entenda Qual é o seu público que está consumindo são mulheres tem que entender isso
se a maioria é mulher que que você tem que fazer ajudar as mulheres a ter uma renda maior para
consumir mais de você então Ana Muito obrigado de novo Muito obrigado Sérgio Muito obrigado
também consens ess fo maravilhoso eu adorei o papo gente vocês foram ótimos adorei vale uma
provocaçã
o uma conversa para falar sobre tudo que de dá errado na jornada gente eu já fiz uma lista
disso podemos fazer um programa só sobre isso e eu conto com a maior tranquilidade obrigado mais uma
ve imagina uma delícia maravilha esse foi mais um episódio do geniol se você gostou curta comente
e por favor compartilhe esse episódio com mais pessoas além de também assistir os episódios
anteriores grande abraço e até a próxima uh arrasaram i
Comments
Assista aos outros programas da playlist: https://www.youtube.com/playlist?list=PLBzhNzRNVNnaWJJYRlECZ8nluDxOmphHp
Parabéns a todos os envolvidos e a Ana Fontes, depoimento incrível e inspirador, o Brasil tem jeito!!!
Parabéns à Genial pela iniciativa!!! Inclusão!!!
Muito legal! Parabéns pelo programam 🎉
😘
Parabéns!!!
Tá difícil